Soldados israelenses mataram um adolescente palestino em confrontos durante uma peregrinação judaica no norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel, informou nesta quarta-feira (25) o ministério palestino da Saúde.

O ministério identificou a vítima como Ghaith Yamin, de 16 anos, que morreu “depois de ser atingido por um tiro das forças israelenses na cabeça”, durante confrontos no local que os judeus veneram o o túmulo de José, um dos filhos de Jacob, ao leste da cidade palestina de Nablus.

Para os palestinos, o túmulo pertence a uma personalidade religiosa muçulmana.

De acordo com o exército israelense, “centenas de palestinos” provocaram os confrontos ao “atirar pedras e coquetéis molotov quando os peregrinos judeus entraram na área o túmulo de José”.

“Os soldados responderam abrindo fogo contra um suspeito que estava com um bomba incendiária”, afirma um comunicado do exército.

O movimento armado palestino Jihad Islâmica divulgou um comunicado em que celebra a “emboscada” que seus combatentes prepararam contra as forças de segurança israelenses e citaram uma troca de tiros.

O Crescente Vermelho palestino informou que atendeu quatro pessoas feridas por balas de borracha, 36 que inalaram gás lacrimogêneo e uma que caiu durante os confrontos.

A tensão é elevada na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, nos últimos três meses, após uma série de ataques contra israelenses que provocaram prisões, operações e confrontos.

Desde o final de março, 19 pessoas, a maioria civis, morreram na série de ataques em Israel, executados por palestinos ou árabes israelenses.

Além disso, 34 palestinos morreram violentamente na Cisjordânia, entre eles supostos militantes, mas também civis, incluindo uma famosa jornalista da Al Jazeera que cobria uma operação do exército israelense.