São Paulo, 23 – Os executivos da BRF projetam recuperação dos volumes exportados em 2018, embora a empresa ainda enfrente alguns problemas ocasionados pela operação Carne Fraca, como algumas unidades ainda desabilitadas – caso de Capinzal, em Santa Catarina. Já a planta de Chapecó, também em Santa Catarina, já foi reaberta, segundo eles.

Desde a operação de investigação da Polícia Federal, as exportações de carne de frango brasileiro caíram significativamente, principalmente para o bloco europeu. A receita líquida da BRF na Europa caiu 20,7% no quarto trimestre do ano passado em comparação com igual período de 2016, decorrente dos menores volumes comercializados na região.

Apenas em relação a proteína de aves, o volume recuou 44,5%, já a suína caiu 32,1%. Por outro lado, a menor disponibilidade de produto local, sobretudo de perus, continuou suportando os preços da proteína na região, bem como os preços de frango, que também se mantiveram em patamares elevados, na avaliação da diretoria da BRF.

“Passamos por um momento de bastante pressão e dificuldade, mas nosso time conseguiu fazer uma gestão bastante melhor do que poderia ter sido”, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da BRF, Lorival Nogueira Luz Jr.

Na divisão OneFoods, com atuação no Oriente Médio, o volume de vendas cresceu 31,5%, na mesma base de comparação. “As expectativas são superiores ao ano passado de forma bastante acentuada”, disse o CEO José Drummond Jr.