O presidente da companhia aérea britânica Easyjet criticou nesta terça-feira (6) o preço “injusto” dos testes da covid-19 planejados pelo governo britânico para retomar o tráfego aéreo.

Em declarações à BBC, Johan Lundgren considerou que exigir dois testes de covid-19 para viajantes que retornam de países de baixo risco levará a uma reabertura do tráfego apenas “para pessoas que podem pagar”.

Lundgren disse que os testes de PCR exigidos, que custam cerca de £100 (cerca de US$ 140) cada ou mais dependendo dos laboratórios, “são muito mais caros do que a passagem média da Easyjet”.

Se os viajantes são obrigados a pagar por esses testes do próprio bolso, “então não estamos reabrindo viagens internacionais para todos, mas apenas para quem pode pagar”, denunciou o diretor desta companhia aérea de baixo custo.

“Não acho que seja justo (…) e não acho que seja necessariamente o método privilegiado do ponto de vista médico e científico”, insistiu.

Se o governo optar por “seguir esse caminho e ter exames disponíveis, eles deveriam ser (…) testes rápidos de fluxo lateral antigênico, que são muito mais baratos, mais acessíveis e servem para reabrir o setor em território nacional, por exemplo”, ele concluiu.

O executivo da Boris Johnson definiu o dia 17 de maio como a primeira data possível para retomar as viagens ao exterior, proibidas desde o terceiro confinamento no país começou no início de janeiro.

Londres planeja usar um sistema de três cores para classificar os países com base no andamento de sua campanha de vacinação, sua taxa de contaminação ou a presença de variantes preocupantes.

Os destinos verdes ficarão isentos de quarentena na volta, ao contrário dos países laranja e vermelho, mas seus visitantes também terão que fazer testes na ida e na volta. A lista de países ainda não foi estabelecida.

O CEO da Virgin Atlantic, Shai Weiss, também apoiou a ideia de facilitar viagens para destinos “verdes”, que em sua opinião deveriam incluir Estados Unidos, Israel e Caribe.

Quase 31,5 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina e 5,2 milhões a segunda no Reino Unido, país com o maior número de mortes na Europa, quase 127.000.