A Tesla anunciou a australiana Robyn Denholm como sua nova presidente. Denholm, que ocupava o cargo de chefe de finanças da empresa de telecomunicações Telstra, substituirá o fundador da empresa, Elon Musk, que foi forçado a deixar o cargo.

A executiva australiana Robyn Denholm

A nova executiva integra o conselho da montadora de carros elétricos desde agosto de 2014. Ela assumirá o papel em tempo integral depois de cumprir um período de aviso prévio de seis meses na empresa de telecomunicações australiana, informou a BBC.

“Acredito nesta empresa, acredito em sua missão e estou ansiosa para ajudar Elon e a equipe da Tesla a alcançar lucratividade sustentável e gerar valor para os acionistas a longo prazo”, afirmou a executiva.

No final de outubro, a Tesla reportou lucro de US$ 311,5 milhões (R$ 1,1 bilhão) no trimestre encerrado em setembro, o primeiro saldo positivo em dois anos e apenas o terceiro nos 15 anos da companhia.

Antes de se mudar para a Telstra, Denholm trabalhou para as empresas Sun Microsystems e Juniper Networks, no Vale do Silício, além de prestar consultoria para Arthur Anderson e Toyota.

“Robyn tem uma vasta experiência em indústrias de tecnologia e automóveis, e fez contribuições significativas como membro do conselho da Tesla nos últimos quatro anos, ajudando-nos a nos tornar uma empresa lucrativa”, disse Musk.

Afastamento em setembro

Musk foi afastado do conselho de administração da montadora no final de setembro. A ação fez parte de um acordo para evitar que a empresa fosse processada pelo órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos. Ele manteve o cargo de CEO e permanece como o principal nome da Tesla.

O fundador da empresa foi acusado de fraude ao publicar um twitte afirmando que considerava tirar a Tesla do mercado de ações, no dia 7 de agosto. As ações da empresa dispararam 11% após o anúncio, mas voltaram a cair logo depois. Para o governo dos EUA, as alegações foram uma forma de manipulação do mercado.