Uma ex-militar irlandesa foi declarada culpada nesta segunda-feira (30) de pertencer a uma organização terrorista depois que a Justiça determinou que ela prometeu lealdade ao grupo jihadista Estado Islâmico, ao qual se uniu durante uma viagem à Síria em 2015.

O juiz do Tribunal Especial irlandês Tony Hunt decidiu que Lisa Smith, de 40 anos, viajou conscientemente para a Síria em uma área controlada pelo EI.

Smith, que defendeu sua inocência nesses eventos que ocorreram entre 2015 e 2019, caiu em prantos quando a sentença foi proferida.

Durante as nove semanas de processo, a Promotoria se esforçou para mostrar como Smith, um membro do exército entre 2001 e 2011, viajou em 2015 para uma área controlada pelo EI após se converter ao islamismo.

Em 2012, realizou uma peregrinação a Meca e expressou no Facebook seu desejo de viver sob a sharia e morrer como mártir.

É acusada de ter se unido ao EI e ter se instalado em Raqa, na Síria, quando a cidade estava sob controle do grupo terrorista. Também é acusada de se casar com um britânico que participou nas patrulhas armadas do grupo.

Em 2019 voltou a Dublin, a capital irlandesa, e foi detida ao chegar no aeroporto com sua filha.

Seu advogado Michael O’Higgins argumentou que sua presença em uma área controlada pelo EI não fazia dela um membro de fato da organização jihadista.

O advogado acrescentou que o único ato que “poderia ser considerado remotamente uma forma de ajuda” ao EI era que Smith manteve um lar para seu marido.

Smith também foi declarada inocente de financiar uma organização terrorista por uma doação de 800 euros que, segundo ela, tinha fins humanitários.