Uma ex-funcionária do Google expressou insatisfação em relação à cultura da empresa onde trabalhou por 12 anos, depois de defendê-la por anos.

Claire Stapleton, ex-gerente de marketing que ajudou a administrar a imagem corporativa da empresa tanto internamente quanto na mídia, disse ao podcast “First Person” do The New York Times que via a gigante de tecnologia como um “paraíso” quando foi contratada em 2007.

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Mas Stapleton disse que ficou desiludida com a empresa ao longo dos anos, ao ver como o Google tratava seus contratados como “uma espécie de cidadãos de segunda classe”. “A cultura pode ser uma forma de controlar as normas e os trabalhadores. Dar a eles todos esses tipos de privilégios luxuosos e tudo mais, é uma forma de conseguir o que você quer das pessoas, fazendo com que elas deem mais”, disse ao podcast.

Em 2018, Stapleton fez parte de um protesto em função do tratamento da empresa com as alegações de assédio sexual que resultou numa caminhada de 20.000 funcionários do Google.

Agora, ela diz que vê a cultura da empresa como “bastante sombria”, principalmente após a demissão de 12.000 funcionários em fevereiro. “Fiquei chocada com o número de pessoas que foram demitidas durante a licença paternidade ou maternidade, ou que estavam em licença por invalidez”.

Claire vê as demissões como uma “tomada de poder” e “o oposto do que Larry e Sergey pretendiam para a empresa”, referindo-se aos fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin.