O oncologista e ex-diretor geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca) Marcos Fernando de Oliveira Moraes, de 84 anos, morreu nesta segunda-feira, 4, em sua casa, no Rio de Janeiro, vítima de “causas naturais”. Ele deixa duas irmãs, dois filhos e dois netos, e será cremado na terça-feira, 5, no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju (zona portuária do Rio).

Nascido na cidade alagoana de Palmeira dos Índios, Moraes se mudou para o Rio de Janeiro para cursar o hoje Ensino Médio no Colégio Pedro II e, em 1963, concluiu a graduação na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), então Universidade do Distrito Federal. Retornou à sua cidade natal para trabalhar no Hospital Regional Santa Rita e, após nova passagem pelo Rio de Janeiro, foi para a Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, onde de 1975 a 1977 atuou no serviço de Oncologia Cirúrgica.

Ao voltar ao Brasil, em 1978, tornou-se professor titular e chefe do departamento de cirurgia do Hospital Universitário Gama Filho. Em 1990, atendendo a um convite do governo federal, ajudou a elaborar o Programa Nacional de Controle de Câncer. Nesse mesmo ano assumiu a direção geral do Instituto Nacional de Câncer, cargo que ocupou até 1998. Em 1991, junto com outros três médicos do Inca, criou a Fundação do Câncer.

Pelo frequente incentivo a campanhas de combate ao fumo, recebeu diploma da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1994. Ao longo da carreira, foi agraciado com diversos outros prêmios.