O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, que foi preso nesta sexta-feira, 6, por determinação da juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Federal de São Paulo, também teve sua residência como alvo de mandado de busca e apreensão. Os agentes apreenderam um pen drive e um tablet.

Segundo relatório dos agentes, Vieira de Souza não revelou a senha do aparelho. “O detentor recusou-se a fornecer a senha”, anotaram os policiais.

A PF levou Vieira de Souza para o Cadeião de Pinheiros, na zona oeste da capital, depois de ele ser submetido a exames no Instituto Médico Legal.

Emblemático personagem ligado ao PSDB, do qual teria sido arrecadador, Vieira de Souza tem ligações próximas com políticos importantes do partido.

A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo acusa o ex-diretor de Engenharia da Dersa e, ainda, José Geraldo Casas Vilela e outras três pessoas por desvios de R$ 7,7 milhões nas obras do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo.

Outro lado

A defesa do engenheiro Paulo Vieira de Souza, representada pelos advogados Daniel Bialski e José Roberto Santoro, informou que “a prisão do ex-diretor de Engenharia do Dersa – nos governos Geraldo Alckmin e José Serra – não tem qualquer relação com a Lava Jato”.

“A prisão foi decretada no âmbito de processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para construção do Rodoanel Sul”, destacou a defesa.

No entendimento da defesa, “trata-se de uma medida arbitrária, sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do investigado, sempre à disposição da Justiça”.