O ex-CEO da processadora de pagamentos Wirecard, Markus Braun, foi preso novamente em decorrência de uma investigação na Alemanha contra fraudes fiscais envolvendo a empresa. Outros dois executivos da companhia, o ex-chefe de finanças, Burkhard Ley, e o ex-chefe de contabilidade, Stephan von Erffa, também foram presos.

A fintech alemã é suspeita de falsificações de contas bancárias desde 2015 e pediu falência há pouco mais de um mês, após revelar que possuía um déficit de US$ 2 bilhões. Markus Braun chegou a ser preso no mês passado, mas pagou fiança de 5 milhões de euros e foi liberado.

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Jan Marsalek, ex-diretor de operações da empresa, está com um mandado de prisão, mas segue foragido e as autoridades alemãs acreditam que ele escapou do país com a ajuda da Rússia.

Relembre o escândalo da Wirecard

A Wirecard possuía mais 6 mil funcionários e “inflava” suas contas com fundos fictícios, mediante operações irregulares nas Filipinas. A empresa de auditoria Ernst & Young não quis aprovar suas contas de 2019 e denunciou “indícios claros de uma fraude de grande envergadura, que envolve várias partes e instituições no mundo, com o objetivo de enganar o fisco”.

A companhia operava como uma empresa de câmbio, realizando transações para companhias aéreas, agências de viagens e farmácias virtuais, e cobrava comissão. Desde 2015, este modelo gerava rumores de fraude e, no ano passado, o Financial Times mencionou estas suspeitas, sem que fosse aberta nenhuma investigação oficial.