O ex-chefe de gabinete de Donald Trump decidiu encerrar sua cooperação com a comissão do Congresso que investiga a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro por centenas de apoiadores do ex-presidente republicano, informou seu advogado nesta terça-feira(7).

Mark Meadows, que não compareceu à audiência no mês passado, é visto como uma testemunha-chave dos esforços de Trump para impedir a certificação da vitória eleitoral de seu adversário democrata, agora presidente Joe Biden.

Meadows inicialmente rejeitou uma intimação para testemunhar perante à comissão, o que poderia levar a possíveis acusações de desacato criminal, antes de concordar em compartilhar informações com os investigadores.

“Agora, as ações da comissão tornaram sua presença insustentável”, disse o advogado de Meadows, George Terwilliger, em uma nova carta enviada à comissão que circulou pela imprensa dos Estados Unidos.

O advogado afirmou que a mudança de opinião de Meadows veio depois que ele soube no fim de semana que a comissão havia “emitido intimações abrangentes para obter informações de um provedor de comunicações terceirizado”.

“Em resumo, agora temos todas as indicações, a partir das informações fornecidas na sexta-feira passada – sobre as quais o Sr. Meadows poderia esperar ser questionado – de que o comitê não tem intenção de respeitar os limites relativos ao privilégio executivo”, acrescentou Terwillinger.

Meadows estava servindo como chefe de gabinete de Trump quando os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em uma tentativa de impedir a certificação de vitória de Biden.

Trump invocou o “privilégio executivo”, uma exceção disponível em teoria apenas para presidentes em exercício para proteger suas trocas privadas com seus assessores, em uma tentativa de evitar a entrega de documentos solicitados pela comissão.

O ex-assessor de Trump, Steve Bannon, foi preso no mês passado por desacato ao Congresso, após se recusar a testemunhar à comissão.