As novas medidas econômicas anunciadas por Espanha e Portugal são “audazes” e “indicam uma trajetória de ajuste (no orçamento) que nos dá satisfação”, declarou na noite desta segunda-feira o chefe dos ministros das Finanças da Eurozona, Jean-Claude Juncker.

“Acreditamos que as medidas adotadas são audazes e indicam uma trajetória de ajuste (do orçamento) que nos dá satisfação porque aceleram sua coordenação orçamentária”, disse Juncker à imprensa ao final de um encontro com os ministros da Economia de 16 países da União Europeia, em Bruxelas.

O premier de Luxemburgo revelou que os países da zona euro emitirão uma “opinião definitiva” durante o encontro do Eurogrupo no dia 7 de junho, mas destacou que o governo espanhol reagiu rapidamente aos pedidos de ajuste.

Espanha e Portugal acabam de anunciar drásticas medidas de austeridade, sob a pressão dos mercados e dos demais países da zona euro.

O chefe de Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou um drástico corte no gasto público, de 15 bilhões de euros em dois anos, que inclui um corte de 5% nos salários dos funcionários públicos.

O primeiro-ministro português, José Socrates, decretou uma alta de um ponto no IVA, aumentou o imposto de renda e ampliou a taxação sobre o lucro das grandes empresas, além de reduzir em 5% os salários dos políticos.

Estas medidas têm por objetivo dar confiança ao euro, que Juncker garantiu ser “uma moeda confiável”.

“A estabilidade dos preços se manteve plenamente e será mantida no futuro” na zona euro. “Trata-se de uma vantagem muito importante para os investidores”, afirmou Juncker.

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