BRUXELAS (Reuters) – A Europol alertou nesta segunda-feira sobre o potencial uso indevido do chatbot com inteligência artificial ChatGPT em tentativas de phishing, desinformação e crimes cibernéticos, reforçando as manifestações de preocupações que vão desde questões legais a éticas.

Desde seu lançamento no ano passado, o ChatGPT da OpenAI, apoiada pela Microsoft, tem ocupado as atenções e motivado rivais a lançar produtos semelhantes e empresas a integrá-lo ou a incluir tecnologias semelhantes em seus aplicativos e produtos.

“Como as capacidades dos LLMs (modelos de linguagem grande), como o ChatGPT, estão sendo ativamente aprimoradas, a potencial exploração desses tipos de sistemas de inteligência artificial por criminosos oferece uma perspectiva ameaçadora”, disse a força policial da União Europeia ao apresentar seu primeiro relatório técnico começando com o chatbot.

A instituição destacou o uso nocivo do ChatGPT em três áreas de crime.

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“A capacidade do ChatGPT de redigir textos altamente realistas o torna uma ferramenta útil para fins de phishing”, disse a Europol.

Com sua capacidade de reproduzir padrões de linguagem para representar o estilo de fala de indivíduos ou grupos específicos, o chatbot pode ser usado por criminosos para atingir vítimas, disse a agência de fiscalização da União Europeia.

O serviço europeu de polícia disse ainda que a capacidade do ChatGPT de produzir texto com som autêntico em velocidade e escala também o torna uma ferramenta ideal para propaganda e desinformação.

“Ele permite que os usuários gerem e espalhem mensagens que refletem uma narrativa específica com relativamente pouco esforço.”

Criminosos com pouco conhecimento técnico podem recorrer ao ChatGPT para produzir códigos maliciosos, disse a Europol.

(Por Foo Yun Chee)

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