Os eurodeputados aprovaram nesta quinta-feira (29) o plano de um certificado de saúde europeu que permita viajar dentro da UE, mas introduziram emendas ao texto proposto que antecipam duras negociações antes da adoção final do dispositivo.

O texto aprovado será agora objeto de debates com o Conselho Europeu, uma instituição que representa os Estados membros.

O dispositivo deve permitir aos cidadãos europeus certificar que foram vacinados contra a covid-19, que passaram por um exame PCR rápido ou um teste de antígeno com resultado negativo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a votação desta quinta-feira como um “marco”.

“Apoiaremos e facilitaremos uma rápida conclusão das discussões”, escreveu Von der Leyen no Twitter.

Mas ainda restam divergências com os países membros.

Para o Parlamento Europeu, os países da UE não deveriam impor nenhuma medida restritiva adicional, como a quarentena, à entrada em seu território de pessoas com o certificado, enquanto os Estados membros desejam reservar esta possibilidade para sua competência.

Os eurodeputados também pedem que os exames sejam gratuitos, assim como as vacinas e certificados. Os testes não são cobrados em alguns países, como na França, mas em outros os custos são elevados.

Os eurodeputados também querem que o dispositivo só admita as vacinas reconhecidas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou uma vacina aprovada pela OMS em um procedimento de emergência.

Atualmente, quatro vacinas estão autorizadas na UE, as da Pfizer-BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.