Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (18) que tratarão os órgãos da mídia estatal chinesa instalados no país como missões diplomáticas, reforçando as regras do que as autoridades americanas descreveram como uma crescente propaganda de Pequim.

Cinco meios de comunicação, incluindo a agência de notícias Xinhua e a China Global Television Network (CGTN), agora precisam da aprovação do Departamento de Estado americano para comprar imóveis nos Estados Unidos e devem enviar listas de todos os seus funcionários, incluindo cidadãos americanos, informaram as autoridades.

O Departamento de Estado disse que não imporia nenhuma restrição às atividades da imprensa chinesa dentro dos Estados Unidos.

Funcionários do Departamento de Estado, que disseram ter informado os cinco veículos de comunicação sobre as novas regras na manhã desta terça-feira, divulgaram que a China tem cada vez mais controlado e mobilizado a mídia desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo em 2013.

“Não se discute que as cinco entidades são parte do aparato de notícias de propaganda do partido (chinês) e recebam seus pedidos diretamente do topo”, declarou uma autoridade americana a repórteres sob condição de anonimato.

“Todos sabemos que esses caras sempre foram controlados pelo Estado, mas esse controle foi reforçado ao longo do tempo e suas atividades fora dos Estados Unidos são muito mais agressivas”, afirmou.

As outras três organizações afetadas pela medida são a Rádio Internacional da China e os distribuidores do jornal oficial chinês Diário do Povo e o China Daily, outro jornal do Partido Comunista Chinês, mas publicado em inglês.