Abalada pela crise com o Boeing 737 MAX após a tragédia da Ethiopian Airlines, o regulador aéreo dos Estados Unidos, a FAA, vai tentar convencer seus pares a suspender a proibição de voar que paira sobre a emblemática aeronave nesta quinta-feira (23).

A Agência Federal de Aviação (FAA) apresentará às autoridades de aviação civil de vários países a correção do sistema antibloqueio MCAS, envolvido nos desastres aéreos da Ethiopian Airlines de 10 de março e da Lion Air de 29 de outubro do ano passado, que provocaram um total de 346 mortes.

Fora a FAA, todos os demais reguladores aéreos ficaram em silêncio sobre este assunto desde sua decisão de impedir os voos desta aeronave – motor da vendas da Boeing.

A reunião deve dar pistas sobre suas intenções e o nível de confiança que ainda têm na Boeing e na FAA – que têm uma forte ligação entre si.

“Aprenderemos muito”, disse Richard Aboulafia, especialista do Teal Group. Para ele, os interlocutores da FAA “pedirão muitas explicações e precisarão de detalhes”.

A reunião ocorrerá na sede da FAA em Fort Worth, no estado do Texas, sede da American Airlines, uma das companhias aéreas clientes do 737 MAX.