O desemprego nos Estados Unidos explodiu. Na última semana foram feitos mais de 3,28 milhões de pedidos de acesso ao seguro-desemprego, de acordo com dados do Departamento do Trabalho norte-americano.

Esse é o maior número de reivindicações por desemprego desde 1967, quando dados deste tipo começaram a ser organizados pelo departamento.

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Apenas para se ter dimensão do problema, na semana do dia 13 de março eram apenas 282 mil pedidos, saltando para a casa dos milhões na semana passada.

O recorde anterior era de 695 mil pedidos, registrados na semana do dia 2 de outubro de 1982. Durante a crise econômica de 2009, por exemplo, o número foi de 665 mil pedidos.

O economista sênior da Glassdoor, Daniel Zhao, indicou que dados deste tipo são comuns em períodos de crise climática, como furacões que devastam cidades nos Estados Unidos. “O surto de coronavírus é economicamente semelhante a um grande furacão que ocorre em todos os estados do país por semanas a fio”, disse Zhao à CNN.

A projeção dos analistas econômicos dá conta de que os Estados Unidos estarão em recessão no segundo semestre deste ano. Para contornar esse indicador, o presidente Donald Trump espera contar com a volta da força de produção do país ainda no início de abril, algo que médicos e especialistas em virologia acreditam ser difícil de ser feito.