Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (6) a suspensão, durante dois anos, das tarifas sobre as importações de painéis solares de quatro países e recorrerá a uma lei especial para obrigar a fabricação nacional de tecnologia de energia limpa, informou a Casa Branca.

Essas medidas têm como objetivo impulsionar a capacidade de produzir energia renovável para combater as mudanças climáticas, uma das prioridades do presidente Joe Biden.

“As tecnologias de energia limpa de hoje são parte fundamental do arsenal que devemos aproveitar para reduzir os custos energéticos das famílias, reduzir os riscos para a nossa rede elétrica e lidar com a crise urgente” das mudanças climáticas, disse a Casa Branca em um boletim Informativo.

O texto acrescenta que os Estados Unidos estão a caminho de triplicar a capacidade de produção nacional de energia solar até 2024, de 7,5 para 22,5 gigawatts, o suficiente para permitir que 3,3 milhões de lares façam a conversão para a energia solar por ano.

Serão eliminadas as tarifas sobre certos componentes solares de Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã, mas não da China, de forma a garantir que os Estados Unidos tenham acesso a peças suficientes para satisfazer as necessidades de energia enquanto aumentam a capacidade de produção nacional.

A China está fora dessas isenções já que o Departamento de Comércio investiga se algumas empresas do país asiático estão contornando as tarifas aduaneiras americanas por meio da produção dos componentes nos outros quatro países citados.

Além disso, o governo federal recorrerá à Lei de Produção de Defesa (DPA, na sigla em inglês) para acelerar a produção e utilizar seu poder de compra para aumentar a demanda.

Componentes de painéis solares, material isolante para edifícios e bombas de calor eficientes estão contemplados na DPA.

Paralelamente, o governo permitirá mais projetos de energia limpa – incluindo solares e eólicos – em terrenos públicos.