Um dia depois de ameaçar o Irã com “as sanções mais fortes da história”, os Estados Unidos incluíram nesta terça-feira (22) em sua lista negra cinco iranianos que acusam de fornecer tecnologia de mísseis balísticos aos rebeldes huthis do Iêmen.

O Departamento do Tesouro disse que os sancionados estão vinculados a uma operação dos Guardiães da Revolução, o exército de elite iraniana, para apoiar os ataques huthis na Arábia Saudita, que lidera a coalizão militar que busca restaurar o governo internacionalmente reconhecido no Iêmen.

Segundo Riad, desde 2015, quando começou a intervenção no Iêmen, os huthis lançaram mais de 130 mísseis balísticos na Arábia Saudita, muitos interceptados por sistemas de defesa antimísseis. Em novembro do ano passado, lançaram um míssil que chegou a Riad, e os ataques aumentaram neste ano.

O Irã nega ter fornecido mísseis aos huthis, que insistem que eles mesmos desenvolveram esse armamento. Os Estados Unidos, entretanto, garantem ter provas irrefutáveis da participação do Irã.

“Os Estados Unidos não tolerarão o apoio iraniano aos rebeldes huthis que estão atacando a nosso aliado Arábia Saudita. Todos os países da região deveriam estar de guarda para evitar que o Irã envie seus homens, armas e fundos em apoio de seus representantes no Iêmen”, acrescentou.

Quatro dos cinco sancionados por Washington, que com essas medidas devem ser excluídos do sistema financeiro mundial, são altos funcionários do comando de mísseis Al-Ghadir das forças aerospaciais dos Guardiães da Revolução.

O quinto foi vinculado a uma unidade deste exército de elite responsável por investigar e desenvolver mísseis balísticos.

Nas últimas duas semanas, o Tesouro americano intensificou as sanções contra o Irã, e especialmente contra os Guardiães da Revolução, após a decisão do presidente Donald Trump de retirar-se do acordo nuclear com o Irã.