Os Estados Unidos retiraram o convite feito à China para participar dos exercícios militares bienais no Pacífico, em razão da “militarização contínua” do Mar da China Meridional, informou o Pentágono nesta quarta-feira.

“Temos evidências claras de que a China mobilizou mísseis antinavio e mísseis terra-ar nas ilhas em disputa Spratly, no Mar da China Meridional”, afirmou o porta-voz do Pentágono, o tenente-coronel Chris Logan.

“Nós retiramos nosso convite à Marinha da República Popular da China para os exercícios bienais”, acrescentou, referindo-se aos RIMPAC, os maiores exercícios marítimos do mundo, do qual participam quase 30 países.

“A China argumenta que as construções nessas ilhas são para garantir a segurança no mar, assistência à navegação e à busca e salvamento, bem como para a proteção dos pescadores”, declarou Logan, ressaltando, contudo, que “a implantação deste armamento só pode ter fins militares”.

“A contínua militarização de áreas disputadas no Mar da China Meridional serve apenas para aumentar as tensões e desestabilizar a região”, considerou o tenente-coronel.

A China já participou em duas ocasiões nesses exercícios, em 2014 e 2016.

Os primeiros exercícios RIMPAC aconteceram em 1971. Em 1974, em razão de sua magnitude, decidiu-se pela realização a cada dois anos. Os fundadores são Estados Unidos, Austrália e Canadá.