Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira (23) que responderão “proporcionalmente” à decisão da Venezuela de expulsar os dois diplomatas americanos de mais alto nível em Caracas, considerada uma “provocação” do presidente reeleito, Nicolás Maduro.

“Esta provocação terá uma resposta rápida. Continuaremos pressionando o regime ilegítimo da Venezuela até que se restaure a democracia”, disse no Twitter o vice-presidente americano, Mike Pence.

“Responderemos de maneira apropriada, certamente de forma recíproca, mas talvez mais que isso, talvez proporcionalmente”, afirmou o secretário de Estado, Mike Pompeo, em audiência no comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, sugerindo a possível expulsão de diplomatas venezuelanos dos Estados Unidos.

Pompeo disse que o governo de Donald Trump foi notificado oficialmente nesta quarta-feira da expulsão do encarregado de negócios na embaixada americana em Caracas, Todd Robinson, e seu número dois, Brian Naranjo, anunciada na véspera por Maduro no rádio e na televisão.

O mandatário, reeleito no domingo até 2025 em eleições boicotadas pela oposição e questionadas por vários países, ordenou a saída do país “em 48 horas” de Robinson e Naranjo acusando-os de “conspiração”.

Maduro disse agir em resposta às novas sanções a Caracas impostas por Trump na segunda-feira, que buscam restringir o financiamento do país petroleiro, em meio a uma de suas piores crises econômicas.

Estados Unidos e Venezuela mantiveram uma relação com altos e baixos durante o mandato de Hugo Chávez (1999-2013), mentor de Maduro, mas os laços ficaram mais tensos com a chegada de Trump ao poder, em janeiro de 2017.