Os Estados Unidos instaram Pequim, esta terça-feira, a libertar o ganhador do Nobel da Paz, o ativista Liu Xiaobo, antes da cerimônia de entrega do prêmio, na próxima sexta-feira, em Oslo.

Referindo-se ao tema dos direitos humanos, o vice-secretário de Estado, James Steinberg, disse que “este é um assunto importante entre nossos dois países”.

“Os Estados Unidos continuam preocupados com o rigoroso controle que o governo chinês exerce sobre as atividades e as pessoas que as autoridades consideram ameaçadoras para o Partido Comunista”, acrescentou.

“Esperamos que a China dê passos positivos com relação aos direitos humanos, inclusive a libertação do prêmio Nobel da Paz, Liu Xiaobo”, disse Steinberg no Center for American Progress.

Liu foi sentenciado em dezembro passado a 11 anos de prisão por acusações de subversão contra o governo chinês.

Liu Xiaobo, detido no nordeste da China, se tornou em 8 de outubro o primeiro cidadão chinês premiado com o Nobel da Paz.

Este intelectual de 54 anos cumpre pena de onze anos de prisão após ter sido um dos autores da “Carta 08”, texto que reivindicava uma China democrática.

A China havia pressionado a Noruega para que não fosse concedido o prêmio a Liu, que era um dos favoritos. A atribuição do Nobel da Paz a este ativista constituiu uma afronta para Pequim, que considerou a decisão do Comitê Nobel da Noruega equivalente a “estimular o crime”.

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