A reguladora de aviação dos Estados, a FAA, anunciou nesta sexta-feira que ordenou a inspeção de cerca de 2.000 aeronaves da Boeing após a detecção de problemas no motor de aeronaves em terra por pelo menos sete dias por causa da pandemia de COVID-19.

A determinação da FAA afeta os modelos Boeing 737 NG e Classic, para procurar sinais de corrosão nas válvulas de ar que possam causar falha do motor, detalhou um porta-voz da agência.

Em particular, a solicitação se concentra em aviões que não voam há sete ou mais dias, em meio a restrições da pandemia.

Se for encontrada corrosão, a válvula deve ser substituída antes que o avião retorne ao serviço, informou a agência.

A mudança foi motivada por quatro relatórios recentes de desligamentos do motor devido a obstruções de válvulas.

“A corrosão dessas válvulas nos dois motores pode resultar em perda de potência de dois motores, sem a capacidade de reiniciar”, alertou a FAA.

“Esta condição, se não for tratada, pode levar a um pouso forçado fora de um aeroporto”.

A fabricante americana também havia aconselhado as companhias aéreas que mantêm essas aeronaves a inspecionar as válvulas de controle de ar, citando “cautela excessiva”, porque os dispositivos podem ser “mais sensíveis à corrosão” quando “estacionados no chão ou usados com menor frequência”, diante da menor demanda devido à crise da saúde.

“A Boeing está fornecendo inspeções e informações sobre substituições aos proprietários de frotas, se eles encontrarem um problema”.

O Boeing 737 NG é o avião predecessor imediato do Boeing 737 MAX, em solo desde março de 2019, após dois acidentes fatais.

Na terça-feira, a FAA disse que emitirá uma proposta de diretiva de aeronavegabilidade para o MAX, o que colocaria o avião mais perto de retornar aos céus.

A agência esclareceu, contudo, que ainda faltam várias etapas antes que o modelo receba autorização para voar novamente.