Funcionários da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, relataram que o pedido de Elon Musk para implementar o chip da Neuralink em humanos foi negado. A informação, cedida para a Reuters, coloca o plano do bilionário em xeque, já que a inovação é uma das maiores apostas de seus negócios. Segundo o empresário, a tecnologia pode curar doenças graves como paralisia, cegueira, entre outras.

Conforme o relato, as principais preocupações de segurança da agência envolviam a bateria de lítio do dispositivo; o potencial dos minúsculos fios do implante migrarem para outras áreas do cérebro; e questões sobre se e como o dispositivo pode ser removido sem danificar o tecido cerebral, disseram os funcionários.

+ Neuralink, do Elon Musk, já teria matado cerca de 1.500 animais na pesquisa do implante cerebral

Desde o começo do ano, a Neuralink começou a cadastrar voluntários para iniciar os testes do projeto. Os testes devem começar ainda neste ano. A empresa vem desenvolvendo um biochip capaz de transmitir sinais cerebrais e promete possibilitar o controle direto de aparelhos eletrônicos, utilizando apenas impulsos cerebrais.

“Queremos ser extremamente cuidadosos e certos de que funcionará bem, antes de colocar um dispositivo em um ser humano”, disse Musk durante o Neuralink Show and Tell, outono de 2022. “Acho que enviamos a maioria de nossos documentos para a FDA. Achamos que, provavelmente, em cerca de seis meses, poderemos ter nosso primeiro neurolink em um ser humano”.

Denúncia

Em dezembro do ano passado, a Neuralink passou a ser investigada pelo governo dos EUA por supostos maus-tratos contra animais após funcionários reclamarem que eram pressionados para acelerarem os experimentos e, com isso, causavam sofrimento e mortes desnecessários às cobaias. Essas informações constam de documentos obtidos pela agência alemã de notícias Reuters.