Estados Unidos não fechará sua economia novamente em caso de uma segunda onda de COVID-19, afirmou nesta quinta-feira (11) o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, após vários estados do país registrarem um aumento no número de casos.

“Não podemos fechar a economia de novo. Creio que aprendemos que se um fechar a economia, estará gerando mais prejuízos”, disse Mnuchin à rede CNBC.

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As medidas de contenção dispostas pelo governo federal e pelos estados para impedir a propagação do vírus afetaram gravemente a maior economia do mundo, gerando dezenas de milhões de demissões desde meados de março e uma taxa de desemprego de 13,3% em maio, um número que lembra a Grande Depressão de 90 anos atrás.

Mnuchin mencionou o “dano econômico” dos fechamentos de negócios e comércios em todo o país, assim como as dificuldades no plano médico, “e todo o restante”.

No entanto, defendeu posteriormente as medidas de contenção tomadas e elogiou a resposta à crise do presidente Donald Trump.

Sendo o país mais afetado do mundo em termos de número de casos e mortos, os Estados Unidos, que registraram sua primeira morte pelo vírus no início de fevereiro, somam quase 113.000 mortes e enfrentam agora um aumento no número de casos em vários estados.

Em Texas e Carolina do Norte atualmente há mais pacientes com COVID-19 hospitalizados do que há um mês.

Os 50 estados do país estão analisando como avançar na flexibilização das medidas de confinamento.

Alguns, como Texas ou Georgia, iniciaram a reabertura em abril, como pediu Trump, gerando debates acalorados com os defensores da prudência, que temiam o impacto mais severo de uma segunda onda.

“A boa notícia é que se tem uma grande capacidade de testes (diagnósticos) e uma grande capacidade hospitalar”, acrescentou o secretário do Tesouro.

“Esse era o grande problema e a razão pela qual o presidente teve que fechar partes da economia”, disse.

Além disso, Mnuchin considerou que é normal que a reabertura das empresas seja acompanhada de um aumento nos casos, mas se mostrou confiante sobre a resposta que o país pode dar.

“A tecnologia (para o acompanhamento dos contatos dos infectados) está melhorando bastante, por isso acredito que lidaremos com isto adequadamente”, afirmou.