Descoberta de dados genéticos por parte das agências de inteligência norte-americanas podem ser o elemento crucial que faltava para traçar a origem da Covid-19, de acordo com a CNN.

É através do código genético que os cientistas conseguem diferenciar entre as variantes Delta e Beta do coronavírus, estudar as mutações, as adaptações do vírus ao longo do tempo, e aferir se houve ou não manipulação humana do vírus.

+ Cidade chinesa de Wuhan vai testar população de 12 milhões em meio a disseminação da variante Delta

Não se sabe ao certo como é que foram obtidos os dados genéticos, mas a hipótese mais discutida de como foi feita esta colheita de informação foi através de um ataque cibernético, sendo que as máquinas envolvidas na criação e processamento deste tipo de dados genéticos do vírus estão ligadas a servidores externos baseados na núvem.

Os EUA esperam agora poder decifrar o enigma, mas para isso terão de fazê-lo em 90 dias e com o auxílio de supercomputadores dos Laboratórios Nacionais do Departamento de Energia, uma coleção de 17 instituições de pesquisa governamentais de elite.

Este catálogo de dados contém projetos genéticos extraídos das amostras estudadas do laboratório de Wuhan, com alguns funcionários a crerem que esta possa ser a fonte do surto da pandemia.

Porém, pela frente apresentam-se vários desafios por colmatar, um deles perceber mandarim, porque o vocabulário é especializado, e mão de obra, já que as agências de inteligência não têm funcionários suficientes para desempenhar esta tarefa, porque precisariam de cientistas do governo qualificados para interpretar dados de sequenciamento genético complexo e que tivessem a autorização da segurança adequada.

A esperança dos funcionários que conduzem esta revisão é que, depois de decifrarem estes dados genéticos, possam perceber qual é a origem da Covid-19, se veio de um laboratório chinês ou se sempre foi transmitida a partir dos animais, disseram várias fontes também à estação norte-americana.

Para o ex-diretor de Inteligência Nacional, John Ratcliffe, há dados suficientes sobre a Covid-19, e tudo não passa de “teatro político” para ganhar tempo.

“Tivemos uma visão extraordinária desse tópico por muitos meses. Fingir que não o fizemos é teatro político e é um exemplo clássico de um político a tentar ganhar tempo, usando a Comunidade de Inteligência como bode expiatório”, referiu, num comunicado à ‘CNN’.