Alguns países continuam mostrando confiança no processo de vacinação. Os EUA deram uma garantia nesta semana ao insistir na segurança das vacinas contra o coronavírus apesar de alguns casos de trombose em pessoas vacinadas doses da Johnson & Johnson. O Canadá anunciou que continuará aplicando o AstraZeneca no  país.

O coordenador da resposta contra covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, expressou que o estudo desses casos indica que o processo de vacinação é sério e que isso deve dar confiança aos Estados Unidos e em geral no mundo.

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Isso depois dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da Food and Drug Administration (FDA), órgãos que testam vacinas nos Estados Unidos, recomendaram na última terça-feira (13) ao governo americano a suspensão da administração do medicamento J&J para os casos de 6 mulheres menores de 48 anos que sofreram um tipo raro de trombose cerebral, da qual uma faleceu e a outra está em estado grave.

A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse que os casos detectados nos Estados Unidos são semelhantes aos encontrados na Europa após a vacinação com AstraZeneca, onde tanto homens quanto mulheres apresentaram trombose, embora tenham sido mais frequentes.

Walensky acrescentou que a recomendação de suspender a vacinação com o produto J&J responde a três causas: uma delas é alertar os profissionais de saúde que pode haver efeitos adversos e que eles não tratam essas tromboses cerebrais com heparina, um medicamento geralmente usado para esses tipos de coágulos.

Além disso, outra razão é porque pode haver mais casos, por isso as autoridades querem que as pessoas fiquem atentas para que relatem imediatamente e vão ao médico se apresentarem sintomas, embora o especialista avise que esses casos são “extremamente raros”.

O Canadá anunciou nesta quinta-feira (15) que não vai descontinuar o uso da vacina AstraZeneca com o fundamento de que o risco de possíveis trombos associados à droga é “muito baixo” e que os benefícios superam os riscos em qualquer caso.

A Dra. Supriya Sharma, uma das diretoras médicas do Ministério da Saúde canadense, destacou em uma entrevista coletiva que, após revisar os dados mais recentes, eles não encontraram “nenhum fator de risco específico, como idade ou sexo”. No entanto, Sharma acrescentou que o Ministério da Saúde acredita que o caso conhecido terça-feira de uma mulher que desenvolveu “um coágulo sanguíneo incomum com baixos níveis de plaquetas” está “possivelmente ligado ao uso da vacina” da AstraZeneca.

Sharma disse que “os benefícios da vacina AstraZeneca continuam a superar os riscos de contrair COVID-19” e que o ministério atualizou as advertências associadas à administração da vacina “para que os canadenses possam ser informados dos efeitos colaterais”.