O governo de Donald Trump impôs nesta quarta-feira (16) restrições às atividades dos diplomatas chineses nos Estados Unidos, assegurando que se trata de uma medida de “reciprocidade”.

“Na China, os diplomatas americanos não têm acesso irrestrito a um grande número de pessoas”, que são importantes para compreender os problemas locais, disse um alto funcionário do Departamento de Estado à imprensa, em alusão às autoridades locais e provinciais, assim como a interlocutores do campo universitário e científico.

“Devemos pedir permissão” antes de muitas reuniões e “com frequência, essa permissão é negada”, acrescentou, pedindo para ter sua identidade mantida em sigilo.

“Ao contrário, os diplomatas da República Popular de China enviados aos Estados Unidos podem se beneficiar plenamente das vantagens da nossa sociedade aberta”, avaliou.

Para agregar “um pouco de reciprocidade”, todos os diplomatas chineses nos Estados Unidos agora terão que “notificar ao Departamento de Estado” cada uma de suas reunião oficiais com funcionários estatais ou instituições locais, ou com instituições no setor de educação e investigação.

O funcionário insistiu em que não era um pedido de permissão, mas apenas uma “notificação”. Acrescentou que esperava que esta medida incentive Pequim a abrir mais sua sociedade aos diplomatas americanos.

O governo Trump está em confronto total com a China, a qual acusa de violações dos direitos humanos, expansionismo e roubo de propriedade intelectual, no contexto de uma guerra comercial entre as duas potências.