São Paulo, 20/06 – Um tribunal federal de recursos nos Estados Unidos determinou na sexta-feira, 17, que a Agência de Proteção Ambiental do país (EPA, na sigla em inglês) deve reavaliar se o glifosato, ingrediente ativo do herbicida Roundup, da Bayer, representa risco à saúde.

Tribunal nos EUA decide a favor da Bayer em caso do herbicida Roundup

Em sua decisão, o tribunal disse que a EPA não avaliou adequadamente se o glifosato causa câncer. “A conclusão da EPA de que o produto não oferece risco de câncer não resistiu a um exame mais minucioso”, disse em comunicado Amy van Saun, advogada do Centro para Segurança Alimentar.

Uma porta-voz da Bayer disse que a empresa acredita que a EPA continuará concluindo, como há anos, que os herbicidas à base de glifosato não são cancerígenos. A EPA concluiu anteriormente que o glifosato não é cancerígeno e pode ser usado com segurança. Este é um ponto-chave no argumento da Bayer de que a Suprema Corte deveria analisar um recurso da empresa em um caso envolvendo o glifosato. Em maio do ano passado, um tribunal de São Francisco decidiu que a Bayer deveria indenizar Edwin Hardeman em US$ 25 milhões, concluindo que a empresa agiu de forma negligente ao não alertar sobre os riscos associados ao herbicida.