Os Estados Unidos estão estudando uma proposta da Rússia para estabelecer “zonas de segurança” na Síria para ver se é viável ou não, indicou o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, nesta segunda-feira.

“Todas as guerras têm um fim e nós buscamos há tempos como chegar a este”, declarou à imprensa o chefe do Pentágono ao chegar a Copenhague.

“Então vamos observar a proposta e ver se funciona”, acrescentou.

A proposta foi assinada na quinta-feira por Rússia e Irã, aliados do regime de Bashar al-Assad, e pela Turquia, que apoia os rebeldes, sem o apoio do governo sírio e dos rebeldes.

Washington a acolheu com reservas, cética pelo papel que o Irã possa ter para garanti-la, embora esperando que possa conduzir a um acordo mais global.

“Esta proposta oferece uma esperança de colocar fim à guerra? Será preciso ver”, lançou Mattis, que viajou à Dinamarca para se reunir com os principais membros da coalizão contra a organização extremista Estado Islâmico.

O dispositivo, que entrou em vigor na sexta-feira à meia-noite, prevê a criação de quatro “zonas de distensão” na Síria, cercadas de “zonas de segurança” com postos de controle e centros de vigilância administrados pelas forças do país e, eventualmente, por outros agentes.

Os Estados Unidos, que não assinaram a proposta, enviaram o secretário de Estado adjunto ao encontro de Astana, capital do Cazaquistão, onde o acordo foi assinado.

Vários acordos de trégua ou de cessar-fogo fracassaram durante os seis anos de guerra na Síria, embora este último memorando preveja um mecanismo mais ambicioso graças a estes postos de vigilância para evitar confrontos.