Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) – A representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, reafirmou nesta quinta-feira o compromisso do governo Biden com a Organização Mundial do Comércio (OMC), dizendo que reformas são possíveis à medida que o órgão se prepara para uma grande conferência ministerial no mês que vem.

O órgão de comércio global de 25 anos está enfrentando questões sobre sua relevância e a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, está sob pressão para realizar reformas rápidas e fechar seu primeiro acordo comercial multilateral em anos na reunião de 30 de novembro a 3 de dezembro.

“O governo Biden-Harris acredita que o comércio — e a OMC — pode e deve ser uma força para o bem que incentiva uma competição saudável e aborda os desafios globais à medida que eles surgem”, disse Tai em um discurso a ser proferido ainda nesta quinta-feira em Genebra, Suíça, onde está sediada a OMC.

“Todos nós reconhecemos a importância da OMC e todos desejamos que tenha sucesso.”

Mas Tai reiterou as críticas dos EUA ao Órgão de Apelação da OMC, dizendo que o painel de solução de controvérsias se tornou “sinônimo de litígio”, que ela disse ser “prolongado, caro e contencioso”.

Ela foi mais otimista sobre as negociações da OMC, dizendo que uma reforma pode ter sucesso “se criarmos uma OMC mais flexível, mudarmos a maneira como abordamos os problemas coletivamente, melhorarmos a transparência e a inclusão e restaurarmos a função deliberativa da organização”.

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