Por Michelle Nichols

NOVA YORK (Reuters) – Os Estados Unidos disseram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo que deixaram claro a Israel, aos palestinos e a outras partes que estão prontos para oferecer “apoio se os lados buscarem um cessar-fogo” para encerrar a escalada de violência entre israelenses e militantes palestinos em Gaza.

“Os Estados Unidos têm trabalhado incansavelmente por canais diplomáticos para tentar acabar com o conflito”, disse a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao Conselho de 15 membros. “Porque acreditamos que israelenses e palestinos têm direitos iguais a viver em segurança”.

O Conselho de Segurança realizou sua primeira reunião pública –após duas em privado semana passada– e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a campanha de Israel em Gaza, sob o controle do Hamas, continuaria “com força total”.

Washington, forte aliado de Israel, está isolado na ONU pela sua objeção a um comunicado público do Conselho de Segurança sobre a pior violência entre Israel e palestinos em anos porque teme que poderia prejudicar a diplomacia de bastidores.

“Pedimos que os EUA assumam sua responsabilidade, tomem uma posição justa e, junto com a maioria da comunidade internacional, apoiem o Conselho de Segurança a amenizar a situação”, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, que presidiu a reunião de domingo –a China é presidente em maio.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a ONU está “trabalhando ativamente com todos os lados em busca de um cessar-fogo imediato” e pediu que eles “permitam que tentativas de mediação se intensifiquem e tenham sucesso”.