Os Estados Unidos enviarão até 5.500 militares à Polônia, a partir de um acordo firmado com Varsóvia, informou o Pentágono nesta segunda-feira (3), confirmando o anúncio do ministro de Defesa polaco.

Os Estados Unidos e a Polônia concluíram suas negociações sobre um acordo de cooperação de defesa que define “o marco legal, a infraestrutura e uma distribuição justa da carga”, disse o secretário de Defesa americano, Mark Esper, em comunicado.

Esse acordo “permitirá aumentar a presença militar em cerca de 1.000 pessoas”, informou Esper, ressaltando que essas tropas “serão acrescentadas aos 4.500 soldados dos EUA já enviados por rotações na Polônia”.

Os soldados não estarão permanentemente posicionados, logo, não estarão acompanhados de suas famílias. Para que isso ocorresse, deveria haver uma infraestrutura mais abrangente, principalmente em termos de saúde e educação, o que, portanto, significaria empregos para as populações locais.

Em 1997, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) prometeu à Rússia não estabelecer bases permanentes no antigo bloco oriental.

Porém, os Estados Unidos acreditam que a anexação de Moscou à Crimeia e o conflito contínuo na Ucrânia os eximiram dessa promessa.

O ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, anunciou na última sexta-feira que “ao menos 1.000 novos soldados” seriam enviados para a Polônia.

Esper também anunciou na semana passada a retirada de 11.900 soldados da Alemanha, apresentando o projeto como algo estrategicamente necessário, ainda que o presidente Donald Trump tenha afirmado estar pronto para reverter a medida caso Berlim aumentasse sua contribuição financeira à OTAN.