Estados Unidos e Coreia do Sul decidiram adiar as manobras militares aéreas conjuntas, como um gesto de boa vontade no diálogo com a Coreia do Norte, anunciou neste domingo em Bangcoc o secretário de Defesa americano, Mark Esper.

“Tomamos esta decisão como sinal de boa vontade para contribuir a uma atmosfera propícia à diplomacia e ao avanço da paz”, disse Esper à imprensa, à margem de uma reunião com seus colegas da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na capital tailandesa.

Esper já havia dado a entender na quinta-feira que Washington poderia adaptar a envergadura dos exercícios militares conjuntos com Seul em função do avanço das negociações com Pyongyang.

O ministro sul-coreano da Defesa, Jeong Kyeong-doo, afirmou que ainda não foi estabelecida uma data para a retomada das manobras conjuntas.

“Isto é parte de nossas consultas permanentes e decidiremos no âmbito das consultas entre os dois países”, disse.

Pyongyang recebeu com satisfação o adiamento dos exercícios, de acordo com uma fonte do ministério das Relações Exteriores, citada pela agência oficial KCNA.

A mesma fonte, no entanto, criticou o governo dos Estados Unidos por sua “política hostil” com a Coreia do Norte.

“Estados Unidos não têm nenhuma intenção de trabalhar de forma sincera para solucionar os problemas. Por isto, nós não temos a intenção de participar em uma reunião”.

As negociações entre Washington e Pyongyang estão paradas desde o fracasso da reunião de Hanói, em fevereiro, entre Donald Trump e o dirigente norte-coreano Kim Jong Un.