Washington considera que a China comete um “genocídio” contra os muçulmanos uigures na região de Xinjiang, declarou nesta terça-feira (19) o atual secretário de Estado, Mike Pompeo, na véspera da posse do presidente eleito Joe Biden.

“Creio que esse genocídio continua e que assistimos uma tentativa sistemática de destruir os uigures por parte do partido-Estado chinês”, disse em um comunicado.

Pompeo também mencionou “crimes contra a humanidade” perpetrados “desde pelo menos março de 2017” pelas autoridades chinesas contra uigures e “outros membros das minorias étnicas e religiosas de Xinjiang”.

Antes de sua eleição em novembro, Biden declarou a repressão aos uigures um “genocídio perpetrado pelo governo autoritário da China”, de acordo com um comunicado de sua equipe de campanha divulgado em agosto.

“Os Estados Unidos pedem para a República Popular da China libertar imediatamente todas as pessoas presas arbitrariamente e encerrar seu sistema de campos de internação e detenção, residências vigiadas e trabalho forçado”, disse Pompeo.

De acordo com especialistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão detidos em campos de reeducação política.

Pequim nega esta informação e afirma que se trata de centros de formação profissional destinados a mantê-los afastados do terrorismo e do separatismo após os ataques atribuídos aos uigures.