Por Dave Sherwood e Matt Spetalnick

HAVANA/WASHINGTON (Reuters) – O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, colocou Cuba mais uma vez, nesta sexta-feira, na lista de países que os Estados Unidos consideram que “não colaboram completamente” na luta contra o terrorismo, inflamando ainda mais as tensões com o rival de longa data. 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na avaliação final publicada nesta sexta-feira no Registro Federal dos EUA, nomeou Cuba entre cinco países –ao lado de Irã, Coreia do Norte, Venezuela e Síria– que os Estados Unidos dizem que não atendem suas expectativas. 

O Departamento de Estado é exigido por lei a providenciar essa lista anualmente ao Congresso dos Estados Unidos.

O ministro cubano de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, antecipou a medida na quinta-feira, chamando a notificação preliminar do dia 11 de maio assinada por Blinken de “mais uma mentira” vinda de Washington. 

“Os Estados Unidos novamente mantêm a calúnia de dizer que Cuba não colabora o suficiente na luta contra o terrorismo”, disse Rodríguez no Twitter na quinta-feira, classificando a medida como um “pretexto para continuar uma guerra econômica incessante e repudiada universalmente”. 

A avaliação dos Estados Unidos é quase idêntica à emitida pelo governo Biden um ano atrás, que mantinha uma determinação do governo Trump. 

(Reportagem de Matt Spetalnick, em Washington, e Dave Sherwood, em Havana)

tagreuters.com2022binary_LYNXNPEI4J0XB-BASEIMAGE