TÓQUIO (Reuters) – As bases militares dos Estados Unidos no Japão introduziram medidas mais rígidas de controle sanitário, nesta quinta-feira, depois que o governo japonês expressou grande preocupação com um surto de novas infecções de Covid-19 nas instalações e pediu restrições ao movimento de pessoal dos EUA.

Três prefeituras que abrigam bases norte-americanas solicitaram medidas adicionais do governo japonês, à medida que o país enfrenta uma sexta onda de infecções por coronavírus, com alguns lugares registrando os números mais altos de casos em vários meses. Uma autoridade culpou os militares dos EUA de espalharem a variante Ômicron.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse nesta quinta-feira que uma decisão sobre as eventuais medidas adicionais será tomada na sexta-feira, após consultas com especialistas.

As Forças Armadas dos EUA no Japão disseram que devido a um aumento dos casos de Covid-19 nas instalações e em todo o Japão, estava estabelecendo medidas sanitárias mais rigorosas, inclusive exigindo que os militares usem máscaras fora da base e a realização de testes mais rigorosos.

“As medidas de mitigação que instituímos… destinam-se a proteger a prontidão de nossa força, o bem-estar de nossas famílias e a saúde dos cidadãos do Japão”, disseram os militares em comunicado. “Reconhecemos que todos nós temos um papel a desempenhar para manter nossas comunidades seguras”

Mais de 100.000 membros das Forças Armadas dos EUA, dependentes e terceirizados estão posicionados no Japão.

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores japonês, Yoshimasa Hayashi, já havia pedido ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que fossem impostas restrições para os militares dos EUA deixarem suas bases, disse a repórteres o secretário-chefe do Gabinete japonês, Hirokazu Matsuno.

Matsuno disse que o Japão estava “gravemente preocupado” com as infecções de Covid-19 nas bases norte-americanas.

(Reportagem de Rocky Swift, Elaine Lies e Kiyoshi Takenaka)

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