Os Estados Unidos vão tomar medidas para evitar a suposta espionagem de estudantes chineses – afirmou o secretário de Estado, Mike Pompeo, nesta quinta-feira (29), antes de uma entrevista coletiva que o presidente Donald Trump dará sobre a China.

A coletiva de imprensa será dada em um momento de escalada de tensões entre Washington e Pequim pela situação em Hong Kong e pelos efeitos do coronavírus.

Ao ser questionado sobre uma matéria publicada no jornal “The New York Times”, segundo a qual Trump estava considerando expulsar milhares de estudantes de pós-graduação, Pompeo disse que os estudantes chineses “não deveriam estar espionando” nas escolas americanas.

“Sabemos que temos este desafio. Estou certo de que o presidente Trump assumirá isso”, disse Pompeo à rede Fox News.

“Temos a obrigação, o dever, de nos assegurarmos de que os estudantes que vêm estudar (…) não agem em nome do Partido Comunista Chinês”, disse Pompeo.

O “New York Times” informou que o governo Trump está estudando anular os vistos de milhares de estudantes vinculados ao Exército da China.

Inevitavelmente, a medida deve gerar críticas das universidades, que dependem cada vez mais da matrícula de estudantes estrangeiros, sobretudo daqueles procedentes de China e Índia.

“Isso não é uma ameaça vermelha, isso não é racista. Os chineses são um grande povo”, disse Pompeo.

“Isso é como nos dias da União Soviética. Este é um regime comunista e tirânico que representa um risco real para os Estados Unidos”, afirmou.

Em conversa com jornalistas, Trump não antecipou o que será dito na entrevista coletiva, mas disse: “Não estamos contentes com a China”.