Os Estados Unidos informaram nesta quarta-feira (18) que denunciaram quatro agentes chineses de inteligência por auxiliarem um cidadão americano a espionar importantes críticos da China.

Os cinco teriam conspirado para silenciar dissidentes chineses, ativistas pró-democracia e líderes de direitos humanos, anunciaram promotores de Nova York em comunicado.

O cidadão americano Shujun Wang, de 73 anos, um acadêmico proeminente nascido na China que vive em Nova York, foi preso em março sob suspeita de atuar como agente do governo chinês.

A denúncia, concluída na terça-feira, o acusa de usar as organizações pró-democracia que ele fundou para “recolher, de forma encoberta, informações sobre ativistas e líderes de direitos humanos de destaque”.

Os promotores federais assinalam que o homem entregou informações a “gestores” dentro do Ministério da Segurança do Estado da China: Feng He, Jie Ji, Ming Li e Keqing Lu.

Os agentes ordenaram Wang a visar ativistas pró-democracia de Hong Kong, defensores da independência de Taiwan e ativistas uigures e tibetanos, segundo os promotores de Brooklyn.

Se for condenado, Wang pode pegar mais de 20 anos de prisão, e os quatro supostos cúmplices continuam foragidos.

Wang foi preso em 17 de março quando o procurador federal para o Distrito Leste de Nova York, Breon Peace, anunciou acusações dentro de três casos separados.

Em um deles, o agente do ministério chinês, Lin Qiming, de 59 anos, foi acusado de conspiração. Em outro, Fan “Frank” Liu, de 62 anos, e Matthew Ziburis, de 49, ambos originários de Nova York; e Qiang “Jason” Sun, um chinês de 40 anos, foram acusados de conspirar para atuar como agentes do governo chinês.