Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros caíram em 20 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada e subiram em outros cinco, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A ANP não divulgou os preços nos postos do Amapá.

Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação do hidratado caiu 1,25% na semana, para R$ 2,205 e, no período de um mês, acumula queda de 4,83%. Na semana, o maior recuo das cotações foi registrado no Ceará (3,51%), enquanto a maior alta ocorreu em Alagoas (3,25%). A maior queda mensal, de 8,21%, foi em Mato Grosso, ajudada pela baixa de 3,20% na semana naquele Estado.

A maior alta mensal também foi em Alagoas (0,94%). Aquele Estado e Roraima foram os únicos do País a terem aumento no etanol hidratado se comparado a igual período de junho. Na média brasileira, o etanol teve recuo de 1,14% na semana e acumula queda de 4,46% no período de um mês.

No Brasil, o preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 1,699 o litro, em São Paulo, e o máximo foi de R$ 4,15 o litro, no Rio Grande do Sul. Na média, o menor preço foi de R$ 2,148 o litro, em Mato Grosso, e o maior preço médio foi verificado em Roraima, de R$ 3,70 o litro.

Competitividade

Apesar da queda generalizada na última semana e no período de um mês, os preços médios do etanol hidratado continuam competitivos com os da gasolina apenas em São Paulo e em Mato Grosso, segundo dados da ANP compilados pelo AE-Taxas.

O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. O preço da gasolina também recuou este mês e ainda tem influência da queda do etanol anidro, que é misturado no combustível de petróleo.

Em Mato Grosso, onde o etanol está mais competitivo, o combustível é vendido em média por 60,97% do preço da gasolina. Em São Paulo a paridade está em 67,18%. Em dois Estados – Goiás, com paridade em 70,32% e Minas Gerais, em 70,43% – praticamente não há vantagem econômica para o uso de um combustível em relação ao outro.

A gasolina continua mais vantajosa principalmente em Roraima. Naquele Estado, onde não há fabricação de álcool e ainda há uma dificuldade logística para o recebimento do combustível das regiões produtoras, o preço médio do etanol é de R$ 3,70 o litro, mais caro que os R$ 3,512, o litro cobrados pela gasolina nos postos avaliados pela ANP.