Fatia cada vez mais relevante do mercado de varejo, o e-commerce começa a se tornar um espaço majoritariamente feminino, segundo pesquisa da Nuvem Shop. Empresa que oferece plataforma para desenvolvimento de lojas virtuais, ela analisou sua base de dados de mais de 200 mil lojas, e constatou que mulheres já gerenciam quase 60% dos comércios do marketplace.

O segmento de moda é o de maior predominância feminina, com 64%, seguido de saúde e beleza (58%) e casa e decoração, com 45%. O aumento corrobora tendência que vem desde 2016, quando na época a participação de mulheres estava na casa de 48,20%. O número subiu em 2017 para 50,30% até chegar no patamar atual (aferido em julho de 2018) de 57,60%.

O destaque é para o número de e-commerces gerenciados por mulheres no nicho de moda no último ano, que acompanhou a tendência e cresceu 14%, assim como a vertical de saúde e beleza, com crescimento de 6%. Já os segmentos de casa e decoração e eletrônicos, tiveram leve queda no volume de lojas virtuais lideradas por empreendedoras, de 3% e 2% respectivamente.

A tendência do empreendedorismo feminino é justificada com uma série de estudos do gênero. Em 2016, a pesquisa Global Enterpreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae, constatou que mulheres foram responsáveis por 51,5% dos novos negócios criados no Brasil em 2016. Já o The Boston Consulting Group revelou que startups fundadas por mulheres faturam mais que seus pares fundados por homens. A cada 1 dólar investido, mulheres geram 78 centavos em retorno enquanto seus pares masculinos trazem de volta apenas 31 centavos, metade disto.