Por Derek Francis

(Reuters) – A vacina contra Covid-19 da AstraZeneca Plc e da Universidade de Oxford funciona bem como terceira dose de reforço, aumentando os anticorpos contra a proteína de espigão do coronavírus entre participantes de um estudo, noticiou o jornal Financial Times nesta quarta-feira.

A notícia chega no momento em que fabricantes de vacinas alertam que o mundo precisará de vacinas de reforço anuais, ou vacinas novas, para enfrentar variantes do vírus, mas alguns cientistas questionam se tais vacinas são necessárias.

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O FT citou uma pessoa a par dos resultados do estudo, segundo a qual este mostrou que a reação de anticorpos à vacina de reforço foi “forte o suficiente contra qualquer variante” e que acaba com os temores de que os adenovírus não poderiam ser usados mais de uma vez.

A AstraZeneca e a Universidade de Oxford não responderam de imediato a um pedido de comentário da Reuters a respeito do estudo de Oxford, ainda a ser publicado.

A vacina utiliza uma nova tecnologia que emprega uma versão modificada de adenovírus que causam a gripe comum como vetores para enviar instruções às células humanas.

Esta concepção fez alguns cientistas recearem que as doses percam potência se inoculações anuais se tornarem necessárias para combater novas variantes.

Não se saber quando Oxford e AstraZeneca planejam publicar dados do estudo, acrescentou o FT.

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