A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor no dia 1° de janeiro de 2021, requer algumas adaptações de segurança das organizações. Levantamento organizado pela consultoria de riscos ICTS Protiviti aponta que 84% das empresas não têm uma diretriz clara sobre as exigências da lei.

O estudo, que contou com a participação de 192 companhias, mostra que as participantes não estão utilizando a ampliação do prazo de vigência da legislação para se prepararem. Segundo o levantamento, as empresas possuem alguns mecanismos para atendimento à LGPD, porém carecem de foco, maturação e eficiência operacional para lidar com a lei.

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Os dados da pesquisa mostram ainda que 41,3% das empresas indicam possuírem políticas e normativas para o tema. O dado representa um avanço nessa área em relação a primeira pesquisa feita pela consultoria, na qual 37% afirmam ter essas medidas.

Porém, apenas 12,5% dizem possuir medidas protetivas para prevenção do risco de vazamento de informações de dados pessoais, indicador que no estudo anterior apontava 13,5%.

“Há vários pontos para considerarmos, entre eles, a insegurança jurídica no tratamento de dados de pessoas físicas, o aumento de procedimentos para transação de dados internacionais, que reduz a eficiência operacional das empresas, e ainda possíveis danos aos cidadãos por vazamento de informações, sem contrapartida reparatória”, comenta o diretor associado da ICTS Protiviti André Cilurzo.