Um estudo da Universidade de Washington (EUA) está analisando uma espécie de teste que pode detectar o Alzheimer com antecedência, o que garantiria sua prevenção antes do aparecimento de sintomas. O método consiste em procurar oligômeros tóxicos no sangue a partir de testes em ensaio de ligação de oligômero solúvel, chamado de SOBA. 

Um primeiro passo nesse processo é o diagnóstico precoce para intervir antes que ocorram danos irreparáveis, que se estima começar 10 a 20 anos antes da apresentação dos sintomas, avalia o estudo liderado por Valerie Daggett, professora de bioengenharia da Universidade de Washington. O teste foi confirmado em 379 amostras de plasma humano: a SOBA detectou oligômeros tóxicos que mais tarde progrediram para comprometimento cognitivo leve.

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Esses oligômeros levam a uma variedade de efeitos, incluindo sinalização neuronal prejudicada, neuroinflamação, fosforilação da tau e neurodegeneração. Estima-se que esses eventos comecem de 10 a 20 anos antes da apresentação dos sintomas. Outros dados coletados pelo SOBA mostram que o teste pode ser eficaz para detectar Parkinson e diabetes, por exemplo, pelo fato de que essas e outras doenças são ligadas a oligômeros. 

Atualmente, não existe cura para o Alzheimer, que consiste em demência neurodegenerativa em pessoas de idade mais avançada. A falta de memória para acontecimentos recentes, segundo a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, é um dos principais sintomas da doença.