Um estudo publicado na Revista Science aponta que 76% dos moradores de Manaus, capital do Amazonas, já têm anticorpos contra a Covid-19. A pesquisa coletou dados de pessoas que tiveram contato com o vírus entre os meses de março e outubro. Dentro deste mesmo período, na cidade de São Paulo, a taxa de população com anticorpos é de 29%.

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Hipoteticamente, onde todos estão expostos ao vírus nas mesmas condições, a imunidade de rebanho é atingida quando 66% da população já foi infectada. No entanto, os pesquisadores acreditam que a transmissão do vírus só chegará ao fim por conta própria quando mais de 90% da população for contaminada.

Mas a imunidade de rebanho tem um preço alto: a contaminação em massa acarreta em superlotação de hospitais e cemitérios, cenas que foram recorrentes na capital amazonense, uma das cidades mais afetadas pela doença.

A evolução da pandemia em Manaus foi de fato muito maior e mais acelerada do que em outras cidades, como São Paulo, onde vivem mais de 12 milhões de habitantes. Os motivos desse rápido crescimento ainda são incertos. Uma possibilidade seria de as pessoas viverem mais agrupadas