Um estudo publicado no portal científico Springer Social Indicators Research aponta que a fase mais feliz da vida é entre os 30 e 34 anos. A pesquisa foi realizada com 17 mil pessoas com mais de 50 anos de 13 países.

A autora do estudo, Begoña Alvarez, professora do departamento de economia aplicada da Universidade de Vigo, na Espanha, explicou que depois de remodelar os dados em um painel de vida que abrange da infância dos entrevistados até o momento da entrevista foi descoberto que a probabilidade de alcançar o período mais feliz da vida evolui sistematicamente com a idade.

“A probabilidade aumenta drasticamente desde a infância até as idades de 30-34, quando atinge o máximo. Neste ponto, é importante observar que os períodos mais felizes dos indivíduos são longos. Em média, para metade dos entrevistados, esse período dura duas décadas ou mais”, escreveu a pesquisadora na conclusão do estudo.

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Alvarez explica que o início dos 30 anos é o estágio da vida com as maiores chances do período mais feliz da vida, embora a probabilidade também permaneça relativamente alta nas idades a seguir e diminua à medida que os indivíduos envelhecem.

Os melhores anos de vida, segundo ela, são explicados, em média, pela mudança das circunstâncias pessoais e familiares que são definidas ao longo da idade adulta. “O controle dessas e de outras experiências reduzem consideravelmente as diferenças de idade, mas preserva o padrão”, escreveu.

Segundo o estudo, os indivíduos se lembram da década entre 40 e 50 anos como nem a idade mais feliz nem a menos feliz na vida. “O estudo não contradiz a existência de uma crise de meia-idade porque, de fato, a probabilidade de se viver o período mais feliz da vida diminui nessas idades”, disse a pesquisadora.

Após a meia-idade, segundo a pesquisa, a probabilidade de viver um período mais feliz não mostra recuperação.

O estudo completo pode ser acessado aqui.