O estúdio de cinema Miramax vai processar o diretor Quentin Tarantino pela comercialização de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) do filme Pulp Fiction (1995). As informações são do New York Times.

Tarantino anunciou que iria vender 7 NFTs que correpondem a trechos inéditos do roteiro original do filme, vencedor do Oscar de melhor roteiro de 1995. Essas obras de arte digitais ainda contariam com comentários inéditos sobre os bastidores da gravação do longa metragem e também segredos de produção.

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No entanto, a Miramax acusa Tarantino de violar os direitos autorais de exploração do filme – a empresa também deseja vender NFTs de Pulp Fiction. O advogado do estúdio cinematográfico também acusa o diretor de quebra de contrato, argumentado competição injusta.

No último dia 4, advogados da Miramax enviaram uma carta para impedir a venda planejada dos NFTs, que começaria no próximo mês de dezembro.

Em resposta, o advogado de Tarantino, Bryan Freedman, alegou que “a Miramax está simplesmente errada. Tarantino tem o direito de vender NFTs do roteiro que ele mesmo escreveu”, disse Freedman ao jornal novaiorquino.

NFTs são obras de arte digitais exclusivas baseadas em sistemas de blockchain – neste caso, elaborado pela Secret Network.