Os estudantes chineses do continente começaram a sair de Hong Kong, anunciaram nesta quarta-feira fontes policiais e universitárias, pelo temor da violência na ex-colônia britânica, que vive a crise mais grave desde sua devolução à China em 1997.

Alguns estudantes deste grupo na Universidade de Hong Kong tentaram deixar o campus nesta quarta-feira, mas não conseguiram em consequência das estradas bloqueadas e precisaram utilizar um barco.

“A polícia os levou para um local seguro de barco”, informaram as forças de segurança.

Imagens do canal local Stand News mostram dezenas de pessoas, algumas com várias malas, perto de uma embarcação com o logotipo da polícia, supostamente deixando o campus.

As universidades de Hong Kong se transformaram nesta semana, pela primeira vez, em áreas de confrontos.

Na Universidade Chinesa de Hong Kong a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra centenas de manifestantes que estabeleceram barricadas.

Grupos de manifestantes radicais com máscaras instalaram barricadas e bloquearam estradas nos centros de ensino. A Universidade Politécnica virou cenário de confrontos quando a polícia tentou deter uma estudante.

Hong Kong é uma região semiautônoma, administrada sob o princípio “um país, dois sistemas”, até 2047, o que significa que possui liberdades que não existem no restante da China

Os manifestantes pró-democracia, no entanto, acusam Pequim de não cumprir suas promessas e de aumentar o controle político no território.