A vida mais agitada e conectada tem contribuído para o aumento do estresse entre as pessoas e causado diversos problemas de saúde. Agora, uma pesquisa publicada pela Biological Reviews mostra que o estresse crônico pode ser um fator de risco para a doença de Alzheimer.

De acordo com os pesquisadores, o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA) é a principal via de resposta ao estresse no corpo e regula rigidamente a produção de cortisol, um hormônio glicocorticóide. A desregulação do eixo HPA e o aumento dos níveis de cortisol são comumente encontrados em pacientes com Alzheimer e contribuem significativamente para o processo da doença.

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“Na população em geral, há diferenças interindividuais nas sensibilidades aos glicocorticóides e nas respostas ao estresse, que se acredita serem devidas a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Essas diferenças podem, em última análise, impactar o risco de um indivíduo de ter a doença de Alzheimer”, diz o artigo publicado na revista científica.

Os pesquisadores consideram que a relação com o estresse pode afetar os processos cerebrais normais, aumentando o risco de neurodegeneração subsequente, tornando o risco de Alzheimer maior.