(Reuters) – A oferta de trigo nos Estados Unidos em 1º de setembro foi a menor em 14 anos, após uma colheita ruim, embora o país tenha encerrado o ano-safra com um pouco mais de soja do que o esperado, segundo dados do governo nesta quinta-feira.

A oferta restrita de trigo nos Estados Unidos, o terceiro maior exportador mundial do grão, ajudou a elevar os contratos futuros da Bolsa de Chicago para uma máxima de três semanas e sinalizou custos mais altos daqui para frente para os moinhos e padarias.

O estresse de clima da safra no Canadá e na Rússia, o maior fornecedor mundial de trigo, restringiu ainda mais a oferta de trigo em todo o mundo.

“As ofertas de trigo para moagem de qualidade estão apertadas no mundo, e os números de hoje reforçam esse fato”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota.

Os agricultores dos EUA produziram 1,646 bilhão de bushels de trigo em 2021, queda em relação ao volume de 1,826 bilhão de um ano atrás, de acordo com o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).

Os estoques domésticos de trigo em 1º de setembro estavam em 1,780 bilhão de bushels, disse o USDA em seu relatório trimestral de estoques, a mínima de 1º de setembro desde 2007.

O USDA também disse que os estoques de soja em 1º de setembro estavam em 256 milhões de bushels, queda de 51% em relação ao ano anterior, mas acima da faixa de expectativas dos analistas.

“Estamos de volta, historicamente, aos números de oferta (de soja) que são muito mais confortáveis”, disse Don Roose, presidente da US Commodities, sediada em Iowa.

Os estoques de milho foram registrados em 1,236 bilhão de bushels, queda de 36% em relação ao ano anterior, mas acima das expectativas da maioria dos analistas.

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