Por David Gaffen e Laila Kearney

(Reuters) – Os estoques de petróleo dos Estados Unidos avançaram na semana passada, quebrando uma série de oito semanas de recuos, com importações alcançando a máxima em um ano, afirmou a Administração de Informação sobre Energia (AIE) nesta quarta-feira.

    Os estoques de petróleo avançaram 2,1 milhões de barris na semana encerrada em 16 de julho, para 439,7 milhões de barris, na comparação com as expectativas da pesquisa da Reuters de uma queda de 4,5 milhões de barris.

As importações de petróleo dos EUA na semana passada avançaram 7,1 milhões de barris por dia (bpd), a máxima desde julho de 2020, impulsionando as importações líquidas de petróleo para o maior nível desde dezembro, em 4,6 milhões bpd. As importações também recuaram 1,6 milhão bpd, com o diferencial do preço entre os futuros do petróleo dos EUA e do petróleo Brent diminuindo, tornando as exportações menos atraentes para compradores estrangeiros.

“Foi um relatório baixista, com certeza. Essa construção de petróleo foi obviamente uma surpresa impulsionada por um aumento nas importações – acho que os preços mais altos atraíram alguns barris – e uma queda nas exportações”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova Iorque.

Apesar dos analistas considerarem o relatório de baixa, os preços do petróleo subiram com as notícias. O petróleo dos EUA subiu 2,70 dólares, ou 4%, máxima do dia, em 69,89 dólares por barril, a partir das 10:49 am EDT (14h49 GMT). Já o Brent avançou 2,49 dólares o barril, ou 3,6%, para 71,84 dólares.

    Os estoques de gasolina dos EUA recuaram 121 mil barris, comparado com a previsão de queda de 1 milhão de barris. Os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para aquecimento, recuou 1,3 milhão de barris na semana, versos expectativas de um avanço de 557 mil barris.

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